terça-feira, 6 de maio de 2014

"O Josué é uma caixinha de surpresas"


A jovem revela como é o namorado fora de campo
As mudanças nos últimos tempos têm sido enormes e Joana Fonseca, nota-se, ainda não está plenamente adaptada e segura de si. Natural! Foi mãe, pela primeira vez, há ano e meio, está afastada da família, residente em Castelo Branco, e longe da vida que construiu nos últimos anos em Lisboa, onde estudou e trabalhou como barmaid. A aliar todas estas alterações do foro privado, o namorado e pai da sua filha Mariana, Josué, foi contratado pelo FC Porto, no último verão, e passou a ganhar a confiança do selecionador nacional Paulo Bento, o que representou uma volta de 180 graus, como a própria diz, na vida de todos. A carecer de tempo para assimilar e interiorizar a nova realidade, a antiga estudante da faculdade de Línguas e Literaturas Modernas garante, todavia, que não poderiam estar mais felizes, realizados e a viver um sonho, sobretudo Josué que, revela a namorada, sente o maior orgulho por representar o clube do seu coração. Além de o descrever como alguém doce mas com uma forma de estar um pouco explosiva, a conversadora Joana Fonseca conta que a maior ambição do futuro marido e médio ofensivo, a curto prazo, é ajudar o FC Porto a ser campeão...

É um balanço positivo. Tudo nos corre bem! O Porto é uma cidade lindíssima para se viver e o Josué, como é óbvio, já conhecia bem a cidade, o que nos ajuda bastante nesta fase de adaptação.

O que tem apreciado mais e menos a norte?

As pessoas são bastante afáveis, muito simpáticas e porventura é o que mais me agrada. O único senão é o facto do tempo ser bastante mais húmido e frio. De resto, só tenho coisas boas a dizer.

Já fizeram muitas amizades? 

Algumas, mas a maioria já fazia parte do grupo de amigos do Josué, inclusive da altura em que ele jogava no Paços Ferreira. Temos, ainda assim, amigos mais recentes que conhecemos em diferentes circunstâncias e os jogadores do FC Porto fazem parte naturalmente desse círculo.

Costumam sair e fazer programas todos juntos?

Em ocasiões especiais, aniversários ou outras celebrações, até nos reunimos mas não somos de sair muito. Preferimos receber os nossos amigos em casa. Fazer um jantar, conversar, ouvir música e passar alguns momentos divertidos e descontraídos. Ou seja, estamos mais para programas caseiros (risos).

Sendo a Joana natural de Castelo Branco e o Josué de Ermesinde, como se cruzaram na vida um do outro? Qual é a vossa história?

Sou, de facto, natural de Castelo Branco mas vivi durante muitos anos em Lisboa, cidade onde conheci o Josué. E foi através de uma amiga comum. Na altura, ele jogava na Holanda, no VVV Venlo, mas estava em Lisboa porque tinha sido convocado para os sub-21. Ligou a essa amiga a convidar para sair e, como estávamos juntas, fomos todos e o Josué foi-me apresentado. No início, curiosamente, não criámos muita empatia, porque temos feitios bastante diferentes. Algumas semanas mais tarde ele voltou novamente a Portugal e voltámos a sair todos juntos, começamos a falar mais e, apesar de ele ter regressado ao VVV Venlo, mantivemos o contacto. Faltavam duas semanas para terminar o campeonato holandês, recordo-me perfeitamente, ele pediu para vir embora mesmo que, para isso, não recebesse o o último mês de ordenado. Colocaram-lhe essa condição, ele não hesitou e apareceu-me à porta de casa a pedir-me em namoro. Desde esse dia, creio eu, nunca mais nos separámos, a não ser quando ele vai para estágio.

Que homem romântico e impulsivo...

Lá romântico o Josué é. É aquele homem que oferece flores, prepara um jantar, uma surpresa....

E desde então que a vossa vida, sobretudo nos últimos dois anos, sofreu uma grande viravolta. Foi a transferência para o FC Porto, a chamada à Seleção Nacional, foram pais de uma menina...Como tem corrido esta experiência mais pessoal para os dois? 

Tem sido fantástica! A verdade é que a nossa vida deu uma volta de 180 graus. A nível pessoal, não poderíamos pedir mais. Estamos felizes. A Mariana foi a melhor coisa que nos aconteceu! É uma experiência nova todos os dias e é fantástico poder acompanhar o crescimento da nossa filha. A gravidez foi um pouco complicada mas, quando a Mariana nasceu há um ano e meio, esquecemos todas as dificuldades vividas ao longo de nove meses. E a Mariana "respira" pai e o Josué não poderia ser melhor no seu papel de pai. Aliás, sempre que ele se ausenta para estágios, ela fica triste, nos primeiros dias não quer comer, faz birras e estranha imenso. É muito apegada a ele e até para adormecer, muitas vezes, ele tem de ficar ao lado dela. Caso contrário não dorme.

E a Mariana já é sócia do FC Porto?

Ainda não... mas não deverá tardar a acontecer (risos).

Pretendem ficar por aqui ou querem aumentar a família?

Apesar da experiência da gravidez da Mariana não ter sido a mais feliz, pois fartei-me de vomitar, tive ataques de ansiedade e cheguei a entrar em depressão, gostávamos de ter um Diego. No início, o Josué falava em quatro filhos... agora acho que, se tivermos um menino, ficamo-nos pelo casal.

Diego... Em homenagem a Diego Maradona?

Não é o caso (risos). Quando engravidei decidimos que, se fosse menina, ele daria o nome, como acabou por acontecer, se fosse menino, seria eu a escolher. Sempre gostei de Diego, bem como de Rodrigo, e o Josué naturalmente também aprecia o nome [Diego], até por ser o de um grande senhor do futebol mundial e que ele também gosta bastante.

E casamento faz parte dos vossos planos? 

Sim, está previsto. Já houve pedido e a ideia é marcar o casamento para as férias do próximo verão.

Nesse caso, o que mais aprecia no seu noivo e pai da sua filha Mariana? 

O Josué é uma caixinha de surpresas! Ao contrário do que possa eventualmente parecer, é a pessoa mais doce, compreensiva, brincalhona e de coração mais mole que conheço. É, sem dúvida, o melhor amigo, o melhor namorado e o melhor pai que existe. O Josué, por vezes, pode deixar transparecer uma forma de estar um tanto ou quanto rude no trato com as pessoas que não conhece mas, na verdade, é apenas um mecanismo de proteção/defesa. Com os amigos e com as pessoas que conhece ele não é assim, apesar de ter um feitio um pouco explosivo. Ainda assim, já controla melhor essa forma de ser e de estar.

Pois, agora como jogador do FC Porto, deve ser bem mais assediado pelos adeptos. Quais são as maiores diferenças?

A qualidade de vida, digamos assim, a todos os níveis, é diferente e as responsabilidades também. É mais reconhecido na rua, no entanto, isso não o incomoda minimamente. Pelo contrário, para o Josué é um orgulho ser reconhecido pelo que faz, ainda para mais representando o FC Porto, o clube do coração dele.

A Seleção, imagino, também devia ser um sonho.

É um sonho tornado realidade! No dia em que o Josué foi chamado pela primeira vez não cabia em si de contente.

Com esta ascensão na carreira, a legião de fãs certamente também aumentou. A Joana lida bem com a situação?

Lido bastante bem e vejo com muita naturalidade. Até acho alguma piada... se calhar porque, até hoje, também nunca houve alguém que nos faltasse ao respeito ou fosse abusadora. Claro que sou um pouco ciumenta mas sei bem separar as coisas. Além do mais, julgo que um pouco de ciúme só faz bem a uma relação, desde que não seja em demasia nem nada obsessivo.

E ele é ciumento? 

Ele não é muito ciumento. É mais ou menos como eu, sente algum ciúme na dose certa (risos).

Já percebi que partilham ambos a paixão pelas tatuagens. Como tudo começou? Há alguma mais especial que as outras?

É verdade. Quando nos conhecemos já tínhamos algumas mas, desde que estamos juntos, temos feito muitas mais. Neste momento, o Josué tem mais tatuagens do que eu mas não é por muito tempo (risos). A primeira que fizemos em conjunto foi com o nosso nome, o meu no pulso dele e o nome do Josué no meu pulso. Ainda assim, a grande maioria das nossas tatuagens, feitas por um amigo nosso, são mensagens ou símbolos de proteção e relacionadas com a família. E a próxima será totalmente dedicada à Mariana. Agora, julgo que só vamos parar quando não houver mais espaço no corpo para tatuar porque, de facto, é uma grande paixão.

E por futebol também é apaixonada? 

Sempre gostei de futebol mas nunca fui fanática. Agora, confesso, que vejo muito mais futebol por todas as razões e mais algumas. Além do mais, em casa só existem dois canais, a SportTv e o da PlayStation (risos).

Qual é a sua simpatia clubística?

Agora, é o FC Porto!

Costuma ir ao Dragão? 

Sempre que o FC Porto joga em casa, eu e a Mariana, não falhamos um jogo. Vamos sempre apoiar o Josué e a equipa. Fico com aquele nervoso miudinho...acho que já fui contagiada pelo espírito portista. Para mim, o FC Porto nunca pode perder.

Ao Josué também dá-lhe para o nervoso miudinho antes dos jogos?

Não, ele fica completamente tranquilo. O Josué não é de trazer os assuntos de futebol para casa mas acredito que sinta um pouco de ansiedade antes de cada jogo. Tudo muito saudável! Aliás, quem me dera a mim viver os jogos assim (risos).

Que jogador enche as medidas ao seu namorado, no relvado, entenda-se?

O Deco, sem dúvida. Ele sempre apreciou as características dele, que também era médio, e é uma das referências do FC Porto.

Com que sonha o Josué?

O sonho dele, a curto prazo, é poder ajudar o FC Porto a ser campeão nacional!

Já alguma vez viu o Josué chorar por causa do futebol?

Chorar, chorar nunca vi, apesar de ficar muito em baixo e triste quando os jogos não correm tão bem. Mesmo assim, nesses momentos, o discurso dele é que se aprende com os erros e que todos os dias acorda para treinar e ser melhor jogador.




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